“Na faculdade, deixei minha profissão camuflada”, diz PM

sábado, 20 de setembro de 2014 · 0 comentários

Orgulho e decepção são dois sentimentos que se misturam quando o policial X fala sobre sua experiência na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Em depoimento à BBC Brasil, o policial (que não será identificado para evitar represálias) fala sobre a satisfação em poder ajudar a população em seu trabalho diário e lamenta o preconceito que é dirigido aos agentes da lei em algumas situações.

Crítico ao caráter militar da polícia, ele relata situações de perseguição dentro da corporação, fala sobre a necessidade de reformas e confessa ter decidido deixar a PM.

Leia o relato concedido ao repórter Luis Kawaguti, da BBC Brasil.

“Eu entrei na PM mais por vocação, por gostar da profissão. Eu admirava o trabalho dos policiais militares, a maneira como eles se comportavam com o cidadão, pelo menos isso foi na época em que eu entrei, há mais de dez anos.

Eu via o policial como autoridade, um funcionário da lei que poderia mudar um pouco a situação do Estado de São Paulo.

Mas na escola de soldados eu já tive aquela decepção com a profissão.

Você entra e acredita que vai aprender todas as atividades de policial. Claro, a gente têm aulas de Direito, de procedimentos, mas eles te mandam fazer coisas diversas da profissão como carpir mato, ser pedreiro, lixar, pintar parede, coisa que não faz parte da segurança pública.

Fora a pressão interna. Se você chegasse um dia com a bota mal engraxada os comandantes deixavam a gente preso no final de semana.

Eles obrigavam a gente a limpar um alojamento enorme em vez de contratar umaempresa especializada. Uma vez eu entrei para pegar algo no meu armário e um tenente me viu com botas. Falou que o chão estava limpo e eu estava sujando, por isso me deixou preso no final de semana.

Na minha primeira ocorrência, até considero que agi errado. Guardas civis foram apreender a mercadoria de um vendedor de água e lanches em frente a uma faculdade porque ele não tinha alvará.

Estava ele e a filha dele. Ela tinha uns 10 anos de idade e veio correndo e abraçou a minha perna falando: “Salva o meu pai, salva o meu pai, eles vão apreender a mercadoria dele e é a única coisa que a gente tem para trabalhar”. Aí eu conversei com os guardas e eles não apreenderam a mercadoria. Isso me marcou.

Eu gostava de atender casos de roubo a banco. Às vezes não conseguíamos prender os bandidos, mas podíamos conversar com as vitimas, tranquilizá-las, depois levar para aautoridade policial.

Eu me sentia bem, gostava de ajudar as pessoas. A função da polícia militar não é ruim não.
BBC



Embora se diga contente por poder ajudar pessoas, policial relata insatisfação com estrutura da corporação
Orgulho

Em festa de amigos ou de parentes, quando o policial militar chega e alguém fica sabendo logo começa aquela conversa numa roda. Você vai bater um papo para descontrair e eles começam a contar casos policiais, como: ‘O policial militar me parou nessa semana e o veículo estava com o licenciamento vencido e o policial solicitou dinheiro para mim. Nossa, o policial é corrupto’.

Aí eu falo: ‘Espere aí! Nem todos os policiais militares são corruptos. Eu não sou, trabalho com vários policiais que não são, esse foi um caso isolado que o policial pediu dinheiro para você, mas nem toda a polícia é corrupta’.

Eu defendo o policial militar porque eu convivo com ele e eu acredito que a maioria é honesta, a maioria quer trabalhar, cumprir com seu dever e voltar no outro dia para casa.

Eu ficava chateado porque era uma afronta ao fato de eu ser policial e por saber que eu sou honesto e os meus amigos também. Não ficava chateado por falarem mal da instituição, mas por generalizarem o policial militar como desonesto. Ele não é desonesto nem violento, salvo exceções.

Na faculdade de Direito, eu procurei deixar camuflada a minha profissão. O policial tem receio, nós somos discriminados. Se eu chegasse na faculdade e me apresentasse como policial militar o tratamento seria outro.

Seria entrar naquele debate sobre o policial honesto, todo mundo ia querer contar aquela história sobre o que o policial fez. Eu me preservei por causa disso, quis ser normal na faculdade.



No final do curso eu fui falar que era policial e o pessoal falou: ‘Nossa, não acredito! Não tem nada a ver você de policial militar’.

Eu não sei qual era a analogia. Não sei se é pelo fato de eu estar em uma faculdade estudando, almejando crescer . (Me disseram que) ‘o policial militar não tem essa vontade de crescer, ele não tem cultura, não tem estudo’. Mas eu não questionei porque já era o final do curso.

BBC



Policial escondeu sua profissão de colegas da faculdade de Direito; ele lamenta preconceito e generalizações contra PMs
Afastamento

Já no curso da pós-graduação em Direito Penal e Processo Penal tinha quatro delegados na minha sala, o resto eram advogados. Quando me apresentei como PM senti um certo afastamento. Eu sentava no fundo da sala e quando me apresentei todo mundo olhou para trás e disseram: ‘Nossa, um policial militar aqui na sala!’

Hoje a população pensa de maneira errada que o policial militar não tem cultura, não tem estudo, não tem nem o segundo grau, não sabe ler ou escrever. Simplesmente a população acha que ele passou em frente do setor de seleção da PM e foi arrastado para dentro. Mas não, é um concurso muito difícil de entrar e o PM tem que ter muito conhecimento.

Antigamente tinha aquela musiquinha: ‘É, é , é não estudou virou gambé (gíria para policial em algumas regiões do Brasil)’. Hoje não, para ser ‘gambé’ tem que estudar, para ser policial tem que estudar muito.

O homem com conhecimento pode exercer profissão bem melhor, o policial com conhecimento de Direito vai exercer sua profissão muito melhor.

Eu conseguia trabalhar e agir sempre de uma maneira legalista, mas eu fui desanimando por causa de perseguição interna. Exemplo clássico: o policial está dirigindo a viatura e se vier a bater, pronto! De duas uma: vai ficar preso ou vai pagar a viatura e ser perseguido.

Como fiz Direito, já defendi muito policial militar em processo administrativo. Mas eu ia vendo que as decisões do comandante eram tendenciosas e isso ia me desanimando.

Hierarquia há em todos os órgãos públicos, mas a hierarquia militar, por ter regulamento próprio, é pior. Se você chegar atrasado – o trem pode atrasar, o ônibus pode quebrar – você já responde processo.

Eu tomei providências em relação ao meu oficial, que era um tenente. Ele não aceitou o fato de que um soldado poderia abrir um processo contra ele. Ele quis utilizar um armamento que não poderia usar por norma do comandante. Eu fiz um documento comunicando isso a um superior dele e acabei transferido de companhia.

Esse é um tipo de punição na Polícia Militar que não tem no regulamento, que é a transferência, mudança de escala, é uma punição velada. O PM é obrigado a melhorar o salário fazendo o famoso bico. Um comandante que quer perseguir vai botar o policial para trabalhar no dia do bico, puxar escala extra e aí ele perde o dinheirinho extra do bico.

Eu respondi a dois processos administrativos.

Hoje quero sair da PM. Não tenho mais aquele brilho no olhar para a polícia, não gosto mais da profissão.

Não quero mais fazer um serviço desses para sofrer perseguições, o militarismo desanima a gente. A PM é a única instituição em que você vai trabalhar e pode ser preso, ser morto ou responder a um processo.

A Polícia Militar hoje é uma instituição secular. Felizmente, bem ou mal, é a única polícia que consegue segurar a criminalidade no país, mas tem que passar por muitas reformas. Mas eu não vou ficar para ver, se Deus quiser, vou sair em breve.”

(Procurada pela reportagem da BBC Brasil, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que não se pronunciaria sobre o relato do policial. Já a Polícia Militar do Estado de São Paulo não havia enviado seu posicionamento até a publicação desta reportagem)

fonte: UOL via PolicialBR

Confrontos com a polícia resultam em cinco mortos por dia no Brasil

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Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostraram que, em 2012, quase dois mil brasileiros morreram emconfronto com as polícias do país, o que dá uma média de cinco mortos ao dia. O número é quatro vezes maior que o dos Estados Unidos e duas vezes que o da Venezuela. Por que esse número é tão alto? Como é a formação do policial no Brasil? Este é o tema do Expressão Nacional.




VÍDEO MOSTRA MOMENTO EM QUE HOMEM TENTA TIRAR ARMA DE UM PM; POLICIAL ATIRA E HOMEM É ATINGIDO NA CABEÇA

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Policial trabalhava em Operação Delegada na zona oeste da capital

Uma equipe policial estava realizando uma prisão durante a Operação Delegada, no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo, na tarde desta quinta feira (18). O programa é conhecido como "bico oficial" de PMs e foi criado na gestão do prefeito Gilberto Kassab para diminuir o número de trabalhos clandestinos. 

No momento da abordagem e prisão de um cidadão, várias pessoas tentavam impedir otrabalho policial. No vídeo percebe-se vários homens ao redor dos policiais tentanto impedir a prisão, gritanto e ponderando com os policiais.

Imagens mostram o momento exato em que o vendedor ambulante Carlos Augusto Muniz tenta tirar a arma das mão do PM, ao virar o policial atinge o ambulante com um tiro na cabeça. Carlos augusto morreu antes de chegar ao Hospital das Clínicas, para onde foi levado pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). 

Em outra imagem por outro ângulo, que está sendo divulgado em redes sociais ve-se com mais nitidez a intenção do cidadão em remover a arma do policial e que ao virar o corpo, aparentemente a arma dispara.

Visivelmente transtornado, o policial que não tinha intenção de atirar, tanto que após o fato, tenta colocar a arma no chão.

O policial foi preso logo após a exibição do vídeo na Rede Record por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e seguiu para o Presídio Militar Romão Gomes. Mais cedo, o Comando-Geral da Polícia Militar havia informado que as "imagens estavam sendo analisadas, de maneira detalhada, para evitar qualquer tipo de injustiça" e, "caso fosse compreendido que o PM tivesse sido imprudente, ele seria autuado". 


O fato lamentável mais uma vez revela que infelizmente a sociedade ao invez de apoiar o trabalho policial, muita das vezes prejudica. Se há uma ação policial o mais recomendável é que as pessoas se afastem. Normalmente surgem várias pessoas no meio da ocorrência e tentam "ensinar" os policiais a trabalharem. Este é o resultado.
Assista ao vídeo:




EXPLOSÃO DE GRANADA DURANTE CURSO DE FORMAÇÃO DA PM DEIXA 5 FERIDOS

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Caso ocorreu no município de Teixeira de Freitas, extremo sul da Bahia.
Segundo a polícia, aspirantes sofreram queimaduras de primeiro grau.


Cinco aspirantes a soldados ficaram feridos após a explosão de uma granada durante o curso de formação da Polícia Militar da Bahia, na sede do 13º Batalha do município de Teixeira de Freitas, extremo sul do estado. Segundo informações da PM, eles sofreram escoriações e queimaduras de 1º grau nos membros inferiores. Nesta sexta-feira (19), os alunos que não sofreram lesões já retomaram as atividades.

Ainda de acordo com a PM, a granada foi lançada durante instrução de "Progressão de Patrulhas e Acuidade Visual", disciplina do quadro curricular do Curso de Formação de Soldados. O incidente ocorreu na quinta-feira (18). Na ocasião, 24 aspirantes a soldados participavam do treinamento. Os cinco alunos foram socorridos para hospitais da região, atendidos e liberados em seguida.



Aspirante a soldado ficou ferido durante explosão

Em nota, a PM informou que a disciplina "envolve o treinamento da formação de patrulhas com exercícios de subidas e descidas em terrenos acidentados, envolve também ações de controle de distúrbios civis". A PM ainda disse que os treinamentos são realizados à noite, com o objetivo de treinar a capacidade visual dos alunos.

Não há detalhes sobre o que teria provocado a explosão. A PM informou nesta sexta-feira que vai apurar a responsabilidade do incidente.

G1 via PEC300.com

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Cinco homens tentaram escapar durante a madrugada desta sexta-feira.
PortalBO
Fotos: Sérgio Costa / Portal BO

Cinco presos do Centro de Detenção Provisória da Zona Norte de Natal tentaram escapar da unidade, na madrugada desta sexta-feira (19). Eles abriram um buraco na parede da cela 2 da unidade e só não fugiram porque o agentes penitenciários perceberam e impediram ação.

No total, 20 presos estão na cela 2, de acordo com a direção da unidade. A maioria dos presos do CDP da Zona Norte tem bom comportamento, de acordo com os agentes, por se tratar de autores de crimes como Lei Maria da Penha.

Esses cinco que tentaram fugir chegaram à unidade recentemente, já transferidos do Centro de Detenção Provisória da Ribeira. Após a descoberta da tentativa de fuga, os agentes encontraram pedaços de ferros usados para abrir o buraco na parede.

PRF apreende 16 veículos usados para transporte clandestino no RN

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Fiscalização foi iniciada no último domingo em parceria com DER e ANTT.
A fiscalização abordou 330 veículos e lavrou 129 autos de infração.

Do G1 RN

Operação de combate ao transporte clandestino continua neste domingo no RN (Foto: Divulgação/PRF)

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 16 veículos utilizados para transporte clandestino de pessoas em operação realizada nesta semana em conjunto com Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A ação foi iniciada no último domingo (14) e vai até este domingo (21) nas rodovias federais que cortam o Rio Grande do Norte.

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A fiscalização abordou 330 veículos, lavandro 129 autos de infração, dos quais 27 foram por transporte clandestino interestadual de passageiros. A multa é de R$ 5.560,64. Além disso o veículo é apreendido por 72 horas. Se o motorista insistir na infração dentro de 144 horas, ele poderá perder o veículo em definitivo.

Além dos autos de infração, cinco motoristas responderão pela contravenção de exercer profissão ou atividade econômica sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício. Os Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) serão encaminhados ao Ministério Público.

Para cada quatro mortos pela polícia no Brasil, um policial é assassinado

quinta-feira, 18 de setembro de 2014 · 0 comentários


Um levantamento feito pela BBC Brasil com os governos estaduais mostrou que um policial foi assassinado para aproximadamente cada quatro cidadãos mortos pela polícia no Brasil em 2013.

Os dados apontam tanto para uma alta letalidade das ações da polícia como para o grande nível de risco ao qual os agentes da lei estão expostos no país, segundo analistas.

No ano passado, ocorreram ao menos 1.259 homicídios cometidos por policiais e 316 baixas nos quadros das policias civil e militar em 22 Estados que forneceram dados a pedido da BBC Brasil.



Para Ignacio Cano, sociólogo e coordenador do Laboratório de Análise da Violência da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), os altos números tanto de mortes causadas pela polícia quanto de baixas de agentes são dados que preocupam por poderem configurar “um presságio” de maiores níveis de violência geral num futuro imediato.

Ele atenta para o fato de que os policiais morrem mais quando estão de folga, em situação mais vulnerável. “Quanto mais mortes causadas pela polícia, mais policiais vão ser mortos quando estão trabalhando na segurança privada ou quando são surpreendidos nas áreas onde eles moram. Isso, por consequência, significa que a polícia vai matar mais depois, entrando num círculo vicioso. Uma lógica de guerra que nunca desapareceu no Brasil, mas algo que temos que combater e tentar manter sob controle”, avalia.

De acordo com os dados compilados pela BBC Brasil, a cada mês de 2013 aproximadamente 105 pessoas foram mortas pelos agentes da lei e 26 policiais foram assassinados por criminosos nesses Estados.

A BBC Brasil solicitou dados oficiais sobre a violência relacionada a policiais em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal, mas cinco deles não responderam até a data de fechamento da reportagem e quatro enviaram dados incompletos.

Átila Roque, diretor da Anistia Internacional no Brasil, diz que “no Brasil temos uma das polícias que mais matam e mais morrem em todo o mundo”.

Ele acredita que, no contexto nacional, o policial civil ou militar é tanto “algoz quanto vítima”, num modelo de segurança pública que necessita de “urgentes reformas”, incluindo a desmilitarização das polícias.

Estatísticas escassas

Para Roque, a dificuldade de obtenção de estatísticas sobre esse tema reflete um certo grau de complacência do país e da sociedade em relação à violência policial.

“É impressionante. Em um Estado democrático, em pleno século 21, o (fato de o) país não saber dizer quantas pessoas morrem na mão da polícia anualmente”, disse ele. “São pouquíssimos Estados que têm esses números sistematicamente.”

Os Estados que não responderam ou enviaram dados desatualizados à BBC Brasil foram Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Roraima.

Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisadora da FGV, lembra a dificuldade de se obter dados confiáveis também dentro do Brasil. “Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm uma tradição de monitoramento, então os números são mais fieis à realidade. Agora, em muitos casos recebemos um dado da PM, outro da Secretaria de Segurança Pública, e outro do Ministério da Justiça”, explica.

Em 2012, o Brasil registrou o maior número de homicídios da história: 56.337, segundo dados coletados pelo SUS – Sistema Único de Saúde (considerados confiáveis pelos pesquisadores), e a falta de estatísticas com maior exatidão e a ausência de um controle mais rígido fazem analistas acreditarem que os números de mortos em confrontos com a polícia possam ser ainda maiores.

Átila Roque, da Anistia Internacional, diz que uma parcela desconhecida dessas milhares de mortes se refere aos grupos de extermínio e milícias formados em sua maioria por ex-policiais e agentes ainda na ativa, e cujos números de assassinatos não são registrados de forma oficial.



A abordagem dos temas da violência policial e da violência contra os policiais como parte da cobertura especial da BBC Brasil sobre as eleições de 2014 foi sugerida em uma consulta com leitores promovida pelo #salasocial – o projeto da BBC Brasil que usa as redes sociais como fonte de histórias originais.

Reportagem publicada nesta segunda-feira pela BBC Brasil mostra como o tema tem sido evitado na campanha pelos principais candidatos à Presidência. Segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil, isso se deve principalmente ao medo de perder o voto dos eleitores conservadores.

Na página da BBC Brasil no Facebook, muitos leitores participaram do debate e fizeram comentários sobre a questão.

Circunstâncias dos crimes

Apenas 14 dos Estados que responderam ao pedido da BBC Brasil pelos dados de homicídios envolvendo policiais deram detalhes sobre as circunstâncias das mortes. Assim, foi possível obter dados específicos sobre as mortes de 695 suspeitos e de 279 policiais.

O levantamento mostra que 87% dos suspeitos foram mortos por policiais militares em serviço – ou seja, fardados e agindo em operações oficiais da polícia.

Os outros 13% dos homicídios foram cometidos por policiais civis e militares de folga e também durante operações oficiais da Polícia Civil.

Essa proporção se explica pelo fato de as polícias militares possuírem contingentes muito maiores que as polícias civis e atuarem no patrulhamento ostensivo das ruas. A Polícia Civil cumpre majoritariamente o papel de investigação.

Contudo, esses dados estatísticos não abrangem todas as situações em que policiais participam de crimes – até mesmo milícias ou esquadrões da morte – fora do serviço. Por isso, para analistas, o número total de homicídios deve ser maior.

Já a maioria dos assassinatos de agentes da lei ocorreu entre policiais militares de folga (57%).

Segundo Antônio Carlos do Amaral Duca, vice presidente da Associação de Cabos e Soldados de São Paulo, o período mais vulnerável para o policial militar é durante as folgas.

“Os criminosos não costumam reagir contra um policial fardado porque um ou dois policiais podem (pedir reforço) e se transformar em cem em questão de minutos. Ou seja, durante o serviço ele conta com todo um aparato policial”, afirmou.

Contudo, segundo ele, no período de folga muitos policiais trabalham como seguranças para a iniciativa privada – o chamado bico – para completar sua renda. Agindo sozinhos e facilmente reconhecíveis, acabam se tornando alvos relativamente fáceis para criminosos.

Soluções em debate

Segundo Duca, as formas de diminuir esse grau de risco passa pela reformulação de leis e normas e especialmente pelo aumento de salários – o que em tese reduziria a necessidade de fazer bicos.

Uma das ações da classe policial nesse sentido é o suporte à Proposta de Emenda Constitucional 300, que tramita no Congresso com o objetivo de equiparar os salários de PMs de todos os Estados aos praticados no Distrito Federal – que oferece melhores salários.

Já em relação à letalidade da polícia, o debate ganhou o nome de umas das mais de 1.259 pessoas mortas pela polícia em 2013: Amarildo de Souza.

Devido à ação de movimentos sociais, o assassinato do pedreiro por policiais na favela da Rocinha, Rio de Janeiro, virou uma das bandeiras nas manifestações que varreram o país entre julho de 2013 e julho de 2014.

Amarildo virou sinônimo de clamor por uma polícia menos letal.

Isso levou a um debate de formadores de opinião sobre possíveis soluções, como a adoção de uma polícia de ciclo único (que faz tanto o patrulhamento das ruas como a investigação dos crimes) e a desmilitarização.

Embora não discutidos amplamente, pontos como esses já estão sendo apropriados pelos candidatos às eleições.

Mas, segundo analistas do setor, para reduzir a letalidade não basta discutir modelos mais eficientes para a polícia, mas também medidas específicas como o fortalecimento de órgãos corregedores, o controle mais rigoroso das armas e quantidade de munições usadas pelos policiais e o uso de câmeras em carros e uniformes.

Leia mais em: http://zip.net/blpynR

Bol Noticias via http://www.policialbr.com/

Band é condenada a pagar R$ 43.775,00 a Sd PM que foi humilhado por apresentador em rede nacional

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Após ter sua imagem exposta indevidamente em programa policial, militar consegue reparação do dano
No dia 15 de Setembro de 2014, o M.M Juiz de Direito Dr. Paulo Jorge Scartezini Guimarães, da 4ª Vara Civel do Foro Regional XI – Pinheiros, julgou parcialmente procedente o pedido de um Sd PM do 25º BPM/M para condenar a Rádio e Televisão Bandeirantes Ltda ao pagamento de R$ 35.000,00 a título de dano moral e a R$ 8.775,00 a título de dano material por conta dos gastos do PM na contratação de advogado para a propositura da demanda.
O dano sofrido pelo PM foi efetivado em programa de televisão de rede nacional, eis que uma ocorrência legítima de desacato por parte de um civil fora exposta totalmente distorcida pelos apresentadores Luciano Faccioli e Patrícia Maldonado, do Programa Primeiro Jornal.
Na ocasião, após a reportagem passar somente parte da filmagem da câmera de monitoramento do local, os apresentadores acusaram o Sd PM de “desonesto”, “covarde” e “agressivo”, fazendo nos seguintes termos:
Patricia Maldonado: “Um Flagrante de violência policial na grande São Paulo: Dois policiais militares espancam um vigia de uma farmácia, mas eles não sabiam que uma câmera de segurança, mais uma vez, registrava tudo, vamos ver“.
Luciano Faccioli: “Eu tenho muitos amigos policiais civis e militares e todos são honestos, os meus amigos são honestos, que esses dois policiais tenham esse mesmo ímpeto para subir morro e pegar bandido no alto do morro tá, que tenham essa mesma volúpia pra pegar vagabundo bem no meio da favela. Vão lá sim poxa, aliás, é obrigação de vocês tá”.
Pela forte pressão da mídia, a Ouvidoria das Polícias encaminhou ofício ao Ministério Público e à Corregedoria da PMESP para a apuração do crime de abuso de autoridade.
Ao final dos trabalhos, embora o PM tenha sido retirado do serviço de patrulhamento, a investigação demonstrou que ele agira acobertado pelo exercício regular do direito de conter e prender o indivíduo que o havia desacatado, restando arquivados o Inquérito Policial Militar e o Procedimento Disciplinar aos quais o militar foi submetido.
Após a veiculação da indevida matéria jornalística, o PM sofreu forte pressão da corporação durante a apuração, chegando a necessitar de tratamento médico psiquiátrico no hospital da PM.
Da mesma forma, como a matéria foi exibida inclusive na Escola Superior de Soldados, o militar sofreu com zombarias de colegas de trabalho e até de civis, recebendo até mesmo apelidos pejorativos.
Buscando a reparação do dano no Poder Judiciário, por intermédio da Oliveira Campanini Advogados na pessoa do Dr. Kristofferson Anderns Ribeiro de Oliveira, após a instrução do processo, sagrou-se vitorioso.
Foi mais um sofrimento reparado com o peso da espada da justiça.
O vídeo com a agressão pode ser visto no canal da OCAA no youtube.
Leiam abaixo a íntegra da sentença:
Vistos. J.dD.A.S.J, qualificado nos autos, propôs a presente Ação Indenizatória contra RÁDIO E TELEVISÃO BANDEIRANTES LTDA alegando, em síntese, que lhe foram indevidamente imputadas condutas desonrosas pelos apresentadores do programa televisivo “Primeiro Jornal”, da emissora ré, em razão de uma abordagem policial que teria realizado a um vigia de farmácia e que teria sido gravada pelas câmeras de segurança desta. Aduz que o informativo acusou o autor e outro policial de serem desonestos e não cumpridores de seus deveres, fatos que seriam totalmente alheios à realidade, tendo sido procedida investigação administrativa que identificou a conduta do autor como dentro dos limites legais de sua função. Com a inicial vieram os documentos de páginas 35/122. Foi emendada a inicial as fls. 126/128 para constar o montante pleiteado a título de danos materiais de R$ 8.775,00 e pelos danos morais em R$ 100.000,00. Às fls. 152, foi deferido o beneficio da justiça gratuita. Citada, a requerida apresentou defesa alegando que o programa encontra-se dentro dos limites da liberdade de informação, visto seu cunho jornalístico-informativo, sendo que não foram imputadas ao autor condutas diversas daquelas que aparecem no vídeo de segurança que registrou a abordagem policial. Afirma que a veracidade das informações noticiadas é comprovada pelo depoimento de testemunhas do evento, conforme apresentado na matéria. Houve réplica. Em audiência de fls. 265, a conciliação restou infrutífera. Tendo em vista o não cumprimento da ré acerca da determinação para a juntada do vídeo em que os apresentadores do programa Primeiro Jornal, supostamente, teriam imputado ao autor os fatos indicados na inicial, houve a aplicação do disposto no art. 359 do CPC (fls. 224). Às fls. 302/320 foi interposto Agravo de Instrumento, o qual não foi conhecido (fls. 324/333). Realizada audiência de instrução e ouvida a testemunha (fls. 353/354), encerrou-se a fase instrutória e as partes ratificaram suas manifestações anteriores. É o Relatório. Fundamento e decido. O primeiro ponto a ser analisado é a existência ou não de ato ilício pela ré, ou seja, se ela agiu em abuso de direito ao informar em seu programa sobre a prisão realizada pelo autor. Afirma a ré que sua reportagem fez uma análise fria das imagens onde se observaria claramente o excesso praticado pelos policiais (dentre os quais o autor) na tentativa de prender um suspeito. Diz que não houve abuso e a reportagem estaria dentro dos limites de seu direito de informar. Nota-se, que de fato, à imprensa cabe o direito de informar, contudo, no presente caso, não se discute a informação propriamente dita, mas sim os comentários feitos pelos jornalistas acerca da notícia, que extrapolaram o direito de prestar informação à sociedade e invadiram o campo dos direitos personalíssimos do autor, transformando-se em juízes e julgando o autor e seu companheiro. Cabe ressaltar que os apresentadores, indevidamente expressaram suas opiniões pessoais sobre o assunto, sem ao menos tomarem a cautela de verificar se de fato aqueles crimes imputados ao autor, seguidos das palavras proferidas, ao menos tinham de fato sido praticados. Tanto foi o abuso cometido pelos jornalistas, que o promotor de justiça Vitor Petri, em sua cota ministerial de fls. 36/39, reconhece que “(…) não houve excesso por parte dos policiais, que usaram de força moderada para realização do ato resistido (…)”. Assim, caracterizado está o ato ilício cometido pela ré, que agiu com o abuso de direito a si conferido ao manifestar em rede nacional palavras ofensivas contra a honra do autor. Aplica-se ao caso o disposto no artigo 187 do Código Civil, que a seguir se transcreve: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”. Neste sentido: “Responsabilidade civil. Imprensa. Programa televisivo em que os autores foram indevidamente humilhados e ofendidos. Sensacionalismo que não se compadece com a prossecução de fins legítimos que deve tisnar a atividade dos órgãos de mídia. Ilícito cometido. Arbitramento da indenização que foi ponderado, diante de suas funções. Sentença mantida. Retido não conhecido. Recursos principal e adesivo desprovidos.” (TJ-SP – APL: 00320800820098260000 SP 0032080-08.2009.8.26.0000, Relator: Claudio Godoy, Data de Julgamento: 11/06/2013, 1ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 13/06/2013). E ainda: “Responsabilidade civil Ação de Indenização por Danos Morais Abuso do dever de informar caracterizado. Autora adjetivada de “assassina” e “vagabunda” em rede nacional de televisão Indenização por dano moral devida Abuso do dever de infirmar Fixação em R$ 30.000,00 que se afigura razoável para o caso Sentença mantida Apelos improvidos.” (TJ-SP – APL: 01316361720088260000 SP 0131636-17.2008.8.26.0000, Relator: Ramon Mateo Júnior, Data de Julgamento: 30/01/2013, 7ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 31/01/2013). Levando em consideração as consequências do dano (isto porque, conforme a oitiva da testemunha Eduardo, o vídeo foi mostrado na escola para quatro pelotões, sendo que cada um é composto por cerca de 30 alunos fls. 355/356), bem como as “brincadeiras” dos “colegas” a que o autor até hoje se submete, bem como o comportamento da ré que insistentemente se recusa a reconhecer um erro, razoável se mostra uma indenização no valor de R$ 35.000,00. Quanto ao pedido de reembolso por gasto na contratação de advogado também está correto o autor. Indenizar é trazer a vítima ao estado em que se encontrava antes do ato ilícito. Ora, se o autor teve necessidade de contratar advogado para garantir seus direitos e se para tanto teve gastos, estes devem ser reembolsados. Nestes termos é claro o disposto no art. 389 do CC que inclui no valor indenizatória das perdas e danos, os juros a correção monetária e honorários advocatícios. Nem se diga que com a sucumbência já haveria essa restituição, posto que esta é direcionado ao patrono da parte vencedora. Outro raciocínio levaria à seguinte consequência: sempre que alguém ingressa em juízo e contrata advogado, pagando-o, mesmo que ganhe a ação terá um prejuízo. Quanto ao valor pleiteado (R$ 8.775,00 fls. 129/144), não há qualquer impugnação por parte da ré, motivo pelo qual deve ser aceito.
Isto posto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação, e condeno a ré ao pagamento de R$ 35.000,00 pelos danos morais causados ao autor, com juros de mora e correção monetária a contar desta data e ainda ao pagamento de R$ 8.775,00 a título de danos materiais com correção monetária desde o desembolso e o juros de mora a contar da citação. Condeno a requerida ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios que fixo em 20% da condenação. P.R.I. Custas de preparo a recolher em caso de apelação R$ 875,50.
A Oliveira Campanini Advogados parabeniza seu profissional atuante na causa, o Poder Judiciário pela bela decisão e acima de tudo seu cliente policial militar pela vitória.

http://www.policialbr.com/band-e-condenada-a-pagar-r-43-77500-a-sd-pm-que-foi-humilhado-por-apresentador-em-rede-nacional/

Homem e mulher são mortos a tiros nas zonas Oeste e Norte de Natal

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Crimes aconteceram no Planalto e Nossa Senhora da Apresentação.
Segundo a PM, vítimas podem ter sido mortas por acertos de contas.



Do G1 RN

Alesson Inácio de Moura, 20 anos, foi morto
nesta quarta (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Um jovem de 20 anos e uma mulher de 27 foram mortos a tiros na noite desta quarta-feira (17) em Natal. Nos dois casos, segundo a polícia, as vítimas já tinha passagem pela polícia. Ninguém foi preso.

O primeiro crime aconteceu no bairro Planalto, na Zona Oeste da cidade. Segundo a Polícia Militar, Alesson Inácio de Moura foi baleado por dois homens que fugiram em uma motocicleta. A principal suspeita é de que o crime tenha sido motivado por um acerto de contas.

O homicídio aconteceu na Rua Francisco Assis da Silveira. A polícia conta que Alesson também estava em uma moto. Ele passava pelo local quando foi surpreendido pelos dois criminosos. Segundo a PM, a vítima já havia sido presa por assalto. A versão também foi confirmada por familiares.

"Como ele já se envolveu com muita coisa erra, e pelas características do crime, nossa suspeita é de um acerto de contas", disse o cabo Rodrigues de Lima, do 9º Batalhão.
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Morte na Zona Norte de Natal
O segundo crime também aconteceu na noite desta quarta. Emanuela Fernanda Santos do Nascimento foi morta a tiros próximo da casa onde morava, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte.

De acordo com os familiares da vítima, que não quiseram se identificar, ela já tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma.

Emanuela chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu a caminho do Hospital Santa Catarina, também na Zona Norte.

Os corpos de Alesson e Emanuela foram levados para a sede do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), no bairro da Ribeira, na Zona Leste da cidade.

Vigilante é morto a tiros em frente a supermercado em Mossoró, no RN

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José Nicácio, de 44 anos, foi morto na noite desta quarta-feira (17).
Segundo a PM, suspeitos teriam tentado levar a arma do trabalhador.



Do G1 RN
José Nicácio tinha 44 anos e trabalhava como
segurança de um supermercado em Mossoró
(Foto: Reprodução/Marcelino Neto)

Um vigilante foi morto a tiros após reagir a uma tentativa de assalto na noite desta quarta-feira (17) na cidade de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. Segundo a Polícia Militar, a suspeita é de que os criminosos tenham tentado levar a arma da vítima. Ainda de acordo com a polícia, José Nicácio tinha 44 anos e trabalhava como segurança em um supermercado da cidade.

A PM relata que o crime aconteceu em frente ao supermercado Queiroz, no bairro Dom Jaime Câmara, local onde a vítima trabalhava. Três homens, em duas motocicletas, teriam abordado José Nicácio, que reagiu e disparou contra os criminosos. Na troca de tiros, o vigilante foi baleado.

Ainda segundo a polícia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas o vigilante não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada do socorro médico.

O corpo de José Nicácio foi encaminhado para a sede do Instituto Técnico-Científico de Polícia de Mossoró.
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Três casos em dois dias
Esse é o terceiro caso envolvendo trabalhadores da área da segurança no Rio Grande do Norte em dois dias. Nesta terça-feira (16), um vigia de rua foi morto com vários tiros no bairro Barro Vermelho, na Zona Leste de Natal. Segundo a Polícia Militar, a vítima foi identificada como Pedro Henrique Campos do Nascimento, de 24 anos, que teria tido uma discussão com uma pessoa ainda não identificada momentos antes do crime.

De acordo com o tenente Wagner Farias, do 1º Batalhão da PM, o homicídio aconteceu nas proximidades da Avenida Alexandrino de Alencar. Pedro Henrique prestava serviços de segurança para moradores da região. "Disseram ter escutado ele discutindo com uma outra pessoa momentos antes dos primeiros tiros. Ele já foi encontrado morto no local", afirmou o policial.

Ainda segundo o PM, nenhum morador viu a outra pessoa que discutia com o vigia. "Os moradores não souberam informar quem era. Após os tiros, o suspeito fugiu do local e ninguém conseguiu vê-lo", acrescentou.

Também na terça-feira, um vigilante de um posto de combustíveis no município de Mossoró, na Região Oeste, foi baleado durante uma tentativa de assalto. Ele estava de serviço no momento do crime e foi surpreendido por dois homens que tentavam arrombar caminhões que estavam no local. Ele foi baleado na cabeça, passou por cirurgia de emergência e segue em observação no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.

PM DESABAFA SOBRE TIROTEIO QUE MATOU COMANDANTE DE UPP NO ALEMÃO: ‘NÃO TEM UNIÃO NA POLÍCIA’

terça-feira, 16 de setembro de 2014 · 0 comentários


O desabafo de uma policial militar, que estava no confronto que terminou com a morte do comandante da UPP Nova Brasília, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, está ganhando as redes sociais. No áudio recebido através do WhatsApp do EXTRA (21 99644-1263 e 21 99809-9952), a PM lamenta a morte do capitão Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, e pede união entre os agentes de segurança pública.

“Não tem união na polícia. Se tivesse união, não faziam isso com a gente. Temos que ser um. É muito triste”.

A policial fala ainda que Uanderson foi para o confronto sem o colete à prova de balas. Ela comenta também que os responsáveis pelo ataque, ocorrido na região conhecida como Largo da Vivi, jogaram uma granada contra os agentes. O artefato não explodiu.

“Capitão, infelizmente, não pensou muito. Não pensou em nada. Saiu do jeito que estava. Pegou o fuzil e foi. À paisana, sem colete. E aconteceu isso aí. Para não ser pior, graças a Deus, porque Deus é bom demais, tinha uma granada também. Eles chutaram uma granada. E ela não estourou”.


Segundo o relato da PM, foram policiais de apoio, ou seja, que não pertencem à UPP Nova Brasília, os atacados por homens armados. A autora do áudio se identifica como sendo da UPP da Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio.

“Me senti um lixo hoje. Olha a hora que estou voltando para a base, para Vila Kennedy, para voltar para minha casa. Não sei por que um cabo lá não queria liberar a gente, mesmo com a rendição chegando. Tem colega que faz besteira. A revolta é tão grande que dá vontade de matar um, mesmo. Dá. Dá. O primeiro que tu vê na rua. Gente, que vida que a gente escolheu”.


“A política de pacificação veio para ficar”, diz Pezão

Por meio de nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) confirmou que o capitão Uanderson estava sem colete. De acordo com o comunicado, “ele ouviu o pedido de auxílio de seus comandados e partiu para o local do confronto de imediato, sem o equipamento”.

O governador Luiz Fernando Pezão também enviou nota lamentando a morte do oficial. “Primeiro, quero me solidarizar com a esposa e a filha do Uanderson, que morreu trabalhando em defesa da paz dos moradores do Alemão. Em momentos como este, temos ainda mais determinação para não recuar e manter nosso compromisso com a pacificação, que reduziu a taxa de homicídios nas comunidades. Não vamos permitir que bandidos tirem covardemente a vida dos nossos policiais”, afirmou Pezão. O governador ainda reafirmou que vai formalizar nesta sexta-feira a permanência do Exército na Maré.

Morte de capitão

Policiais da 22ª DP (Penha) prenderam, na madrugada desta sexta-feira, Cassiano da Silva Harris, de 20 anos, um dos suspeitos de ter participado do confronto que terminou com a morte do comandante da UPP Nova Brasília, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. Cassiano foi preso na Vila Cruzeiro, no Complexo do Penha.

O capitão Uanderson, comandante da UPP Nova Brasília, morreu após ser atingido por um tiro no peito. O confronto foi na localidade conhecida como Largo do Vivi e começou por volta de 17h30, durando aproximadamente 30 minutos. O policial foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo do Alemão e, em seguida, para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha. Segundo a direção da unidade de saúde, o comandante foi levado para o centro cirúrgico, onde passou por uma cirurgia no tórax, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a nota enviada pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), Uanderson estava há 11 anos na Polícia Militar. Antes de assumir o comando da UPP Nova Brasília, há três meses, ele trabalhou nos seguintes batalhões: 14º BPM (Bangu), 15º BPM (Caxias) e 41º BPM (Irajá).

Motorista de ônibus é assaltado pela 11º vez em Natal

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Ele relata que sempre que é vítima passa dias com sistema nervoso abalado.

Portalbo
Foto: Sérgio Costa / Portal BO

Cleodoro Guedes, de 52 anos, motorista da empresa Guanabara foi assaltado pela 11º vez, na noite desta segunda-feira (15). O assalto aconteceu no conjunto Cidade Praia, no Lagoa Azul, zona Norte de Natal. Um homem armado com uma faca peixeira entrou no transporte coletivo, da linha 01, e anunciou o roubo.

No momento da ação, aproximadamente 40 pessoas estavam no ônibus e o bandido foi direto na cobradora, pedindo o dinheiro que havia no caixa. A ação, de acordo com o motorista, foi rápida, mas, como sempre, deixa o sentimento de medo e de impotência com a violência urbana em Natal.

“Há 19 anos sou motorista e, em todos os assaltos que fui vítima, passo muitos dias com meu sistema nervoso abalado. No entanto, não tenho o que fazer, pois preciso trabalhar para sustentar minha família. Enquanto houver advogados para bandidos, nós iremos sempre viver a mercê dessa situação”, desabafou.

Mulher e adolescentes são detidos após arrastão a ônibus em Parnamirim

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Crime aconteceu na noite desta segunda-feira (15) no bairro Jóquei Clube.
De acordo com a PM, trio foi encontrado com material roubado e uma arma.

Do G1 RN

Celulares levados durante o arrastão foram encontrados com o trio em Parnamirim, RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Uma mulher foi presa e dois adolescentes apreendidos na noite desta segunda-feira (15) suspeitos de assaltar um ônibus no município de Parnamirim, na Grande Natal. Segundo a Polícia Militar, o trio foi encontrado com o material roubado e um revólver calibre 38.

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De acordo com a PM, o crime aconteceu em um veículo que faz a linha J, que liga os bairros Jóquei Clube, em Parnamirim, e Cidade da Esperança, na Zona Oeste de Natal.

O motorista do veículo, que não quis se identificar, afirmou que o trio anunciou o assalto quando ônibus entrava no bairro Jóquei Clube. "Eles foram muito violentos", relatou. Esse foi o segundo assalto que o condutor sofreu em uma semana. "Um deles mandou eu parar, se não eu iria morrer. Em uma semana, foram dois assaltos. Complicado, mas a gente tem que trabalhar", lamentou.

Após fazer o arrastão, os criminosos fugiram em direção ao bairro de Monte Castelo, também em Parnamirim. Na delegacia, as vítimas informaram à polícia as características dos suspeitos, que foram encontrados em um barraco na região. "Quando chegamos no local eles estavam contando o dinheiro e os celulares roubados. Quando anunciamos que era a polícia, eles tentaram fugir, mas conseguimos capturá-los", explicou o cabo Geilson Nascimento, da PM de Parnamirim.

O policial militar explicou ainda que o grupo é responsável por vários assaltos a ônibus ocorridos na região. "Eles caíram hoje, mas têm muitos assaltos. Pelas características que as vítimas de assaltos na região passam para a polícia, bate com os três que foram pegos hoje", disse ele.

CHEFE DO COE E MAIS 18 PMS SÃO PRESOS SUSPEITOS DE COBRAR PROPINAS NO RIO

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Policiais cumprem o mandado de prisão do coronel Alexandre Fontenele comandante do COE


O chefe do COE (Comando de Operações Especiais) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro, o terceiro homem na hierarquia da Polícia Militar, foi preso na manhã desta segunda-feira (15) em uma operação contra uma quadrilha de policiais acusados de corrupção. Além dele, foram presos também o major Carlos Alexandre de Jesus Lucas, subcomandante do COE, e outros 17 PMs. Estão subordinados ao COE o Bope (Batalhão de Operações Especiais), o GAM (Grupamento Aeromarítimo) e o Batalhão de Choque.

Eles exigiriam pagamento de propina de comerciantes, mototaxistas, motoristas e cooperativas de vans, além de empresas transportadoras de cargas na área do batalhão.

Segundo o Ministério Público do Rio, entre os PMs suspeitos de envolvimento na quadrilha --há 25 mandados de prisão--, havia seis oficiais que integravam o 14° Batalhão, em Bangu, na zona oeste da capital fluminense: o coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira e o ex-subcomandante major Carlos Alexandre de Jesus Lucas, os majores Nilton João dos Prazeres Neto (chefe da 3ª Seção) e Edson Alexandre Pinto de Góes (coordenador de Operações), além dos capitães Rodrigo Leitão da Silva (chefe da 1ª Seção) e Walter Colchone Netto (chefe do Serviço Reservado). Também são acusados de integrar a quadrilha 18 praças e um civil.

Ainda de acordo com o MP, entre 2012 e o segundo semestre de 2013, os acusados e mais 80 pessoas, entre os quais policiais do 14° Batalhão, da 34ª DP (Bangu), da DRCPIM (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial), além de PMs reformados, participavam de um esquema de exigência de propinas que variavam entre R$ 30 e R$ 2.600 e seriam cobradas diária, semanal ou mensalmente. Em troca, a atuação de mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizados, o transporte de cargas em situação irregular ou a venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu não era reprimida. Ainda não há informações sobre a estrutura da quadrilha e as funções de cada policial no esquema.

De acordo com a denúncia, "o 14° BPM foi transformado em um verdadeiro 'balcão de negócios', numa verdadeira 'sociedade empresária S/A', em que os 'lucros' eram provenientes de arrecadação de propinas por parte de diversas equipes policiais responsáveis pelo policiamento ostensivo".

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP trabalha juntamente com a Secretaria de Segurança Pública e a Corregedoria-Geral da PM em vários pontos do Rio. A denúncia foi encaminhada pelo Gaeco à 1ª Vara Criminal de Bangu, que expediu também 43 mandados de busca e apreensão.

Os acusados responderão na 1ª Vara Criminal de Bangu pelo crime de associação criminosa armada, que não consta do Código Penal Militar. A pena é de dois a seis anos de prisão. Os integrantes da quadrilha também serão responsabilizados pelo Ministério Público pelos diversos crimes de concussão, que serão apurados pela Auditoria de Justiça Militar estadual.

De acordo com a Secretaria de Segurança, a ação é um desdobramento da Operação Compadre, de abril de 2013, quando 78 mandados de prisão foram expedidos, 53 deles contra policiais militares, para a desarticulação de uma quadrilha que realizava cobranças de propina de feirantes e comerciantes com mercadorias ilícitas em Bangu. 
(PEC300.com Com Estadão Conteúdo)

Universitária morre atropelada ao descer de ônibus em frente a UERN

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Acidente aconteceu na manhã desta terça-feira (16).
Moradora de Apodi, Brenda Sonaria, de 18 anos, era aluna de Pedagogia.

Do G1 RN

Brenda Sonaria era aluna de Pedagogia da UERN
em Mossoró (Foto: Arquivo pessoal/Facebook)

Uma estudante universitária do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), identificada como Brenda Sonaria, de 18 anos, morreu na manhã desta terça-feira (16) ao ser atropelada por um ônibus em frente ao campus de Mossoró, cidade da região Oeste.

Segundo a Polícia Militar, a estudante estava no ônibus que a atingiu. "É um veículo que transporta alunos de Apodi até Mossoró. A garota desceu e foi para atrás do ônibus. Relataram que o motorista deu ré e acabou atropelando ela", disse o cabo Uiton, da PM.

O acidente aconteceu na Avenida Antônio Campos, que dá acesso à entrada principal do campus. Ainda de acordo com o policial, o condutor só percebeu a jovem quando desceu do ônibus e viu o corpo da estudante preso embaixo do veículo.
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O motorista foi levado em estado de choque para o Hospital Regional Tarcísio Maia, junto com outras estudantes que estavam no local.

Uma equipe do policiamento de trânsito foi até o local para fazer o isolamento da área até e chegada do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep-RN).

Segundo a PM, estudante foi atropelada pelo próprio ônibus que a levou ao campus (Foto: Sara Cardoso/Inter TV Cabugi)Segundo a PM, estudante foi atropelada pelo próprio ônibus que a levou ao campus (Foto: Sara Cardoso/Inter TV Cabugi)

Lei Seca já prendeu 495 homens e 72 mulheres este ano somente em Natal

sábado, 13 de setembro de 2014 · 0 comentários

Dados do Detran mostram que 2.260 motoristas foram autuados em 2014.
Em 8 meses foram montadas 45 barreiras em 10 pontos da capital.

Do G1 RN

Avenida Roberto Freire foi a que mais teve operações
e motoristas autuados (Foto: Divulgação/PM)

A operação Lei Seca prendeu 567 pessoas pelo crime de embriaguez ao volante neste ano em Natal. Do total de presos, 495 são homens e 72 mulheres. Os dados, divulgados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mostram ainda que outros 1.693 motoristas foram autuados administrativamente por estarem dirigindo sob efeito de álcool. Os números levam em consideração o período de janeiro a agosto de 2014.

No total, a operação realizada em conjunto por Detran, Polícia Militar e agora Polícia Civil autuou criminalmente e administrativamente 2.260 condutores, dos quais 1.977 tiveram suas carteiras de habilitação apreendidas. De todas as autuações, administrativas e criminais, 81,95% envolveram homens e 18,05% mulheres. Os motoristas que não tiveram as carteiras apreendidas se encontravam sem habilitação ou eram inabilitados.

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Dos 2.260 motoristas autuados, 1.079 foram punidos por terem se recusado a fazer o bafômetro. As recusas ao teste do etilômetro representam 47,7%, quase metade das autuações. Quando a situação acontece, o condutor é autuado administrativamente, tem a carteira de habilitação recolhida e é multado em R$ 1.915,40.

Foram montadas até agosto 45 barreiras em 10 pontos diferentes da cidade. A maioria aconteceu na Avenida Engenheiro Roberto Freire, na Zona Sul de Natal, onde foram realizadas 21 blitzen da Lei Seca. As demais barreiras se distribuíram nos seguintes pontos: Rota do Sol (5), Avenida Ayrton Senna (4), Avenida João Medeiros Filho (3), Rua Walter Duarte Pereira (3), Via Costeira (3), Praia do Forte (2), Avenida Hermes da Fonseca (2), Avenida Prudente de Morais (1) e Ponte Newton Navarro (1).

Na Avenida Roberto Freire também foi o local onde ocorreram mais autuações, com 1.200, somadas criminais e administrativas. Na sequência vêm a Rota do Sol, onde 232 motoristas foram autuados, e Avenida João Medeiros Filho, local de 215 autuações. A Rua Walter Duarte, utilizada como rota alternativa por motoristas, foi a que teve mais condutores autuados proporcionalmente. Dos 277 condutores abordados no local, 118 foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool, o que representa 42,6% do total.

As barreiras, que funcionam com efetivo da PM e Detran, além da Delegacia Móvel operada pela Polícia Civil, abordaram ao todo 26.111 motoristas nos oito primeiros meses do ano. "O propósito da Operação Lei Seca é promover a conscientização e a segurança dos condutores e pedestres que utilizam as vias, mas nós também estamos reprimindo os infratores”, comentou Adryano Barbosa, coordenador de Educação e Fiscalização de Trânsito do Detran no RN.

Lei Seca

As regras da Lei Seca consideram ato criminal quando o motorista é flagrado dirigindo com índice de álcool no sangue superior ao permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito: 0,34 miligrama de álcool por litro de ar expelido ou 6 decigramas por litro de sangue.

Nesse caso, a pena é de detenção de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão temporária da carteira de motorista ou proibição permanente de obter a habilitação.

Condutores autuados por esse tipo de infração pagam R$ 1.915,40 de multa, perdem 7 pontos na carteira e têm a CNH apreendida. O valor é dobrado caso o motorista tenha cometido a mesma infração nos 12 meses anteriores.

Se o bafômetro registrar um índice igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, mas abaixo do 0,34 permitido pelo Código de Trânsito, o condutor é punido apenas com multa.

No exame de sangue, o motorista será multado por qualquer concentração de álcool, e pode ser preso se tiver mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue.

Polícia prende jovem que tinha confessado 16 homicídios e sido liberado

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Alexsandro Barros, o Alex Matador, que estava com mandado de prisão, foi preso um mês depois de ser liberado.
PortalBO
Foto: Divulgação / Degepol

Os policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (DAME) deram cumprimento, nesta quinta-feira (11), aomandado de prisão contra Alexsandro Barros da Silva, de 19 anos, após ele ser preso pela PM. Alex Matador, como também é conhecido, tinha sido preso no dia 12 de agosto, confessou 16 homicídios em um vídeo, mas acabou liberado.

Desta vez, policiais militares da Força Tática do 4º BPM realizavam ronda no bairro Nossa Senhora da Apresentação, quando se depararam com Alexsandro Barros e Douglas Bezerra em uma moto com atitude suspeita.

Ao visualizarem a equipe policial, a dupla empreendeu fuga, tendo se desfeito durante o trajeto de um objeto, que se constatou posteriormentetratar-se de uma revolver calibre 38 furtado.

Conduzidos à DAME, Alex será indiciado por porte ilegal de arma e receptação e contra Douglas não constam mandados de prisão em aberto, tendo sido o mesmo liberado após esclarecimentos.
VEJA VÍDEO:

 



 

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